sexta-feira, 25 de setembro de 2009

PELA DEFESA DA VIDA: DIZEMOS NÃO A BELO MONTE!


O Comitê Dorothy, no dia 15 de setembro deste ano, esteve presente nas mobilizações que manifestaram o NÃO À HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE, em frente ao CENTUR. E como os outros movimentos sociais e entidades, ao se dirigir para o hall de entrada do teatro Margarida Schivasappa para participar da audiência pública, sofreu o constrangimento de ser recebido e interditado ostensivamente pela polícia da Força Nacional “Só entramos no teatro depois da intermediação persistente do presidente da Sociedade Paraense de Direitos Humanos ( SDDH); Presidente e representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PA. e da coordenação da Comissão Pastoral da Terra “.


Por que estávamos lá? Por que dizemos NÃO A BELO MONTE? Dizemos NÃO porque temos a convicção, fundamentada em estudos de pesquisadores, na Competente ação do Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, na figura do promotor Dr. Raimundo Moraes, dos danos irreversíveis que serão causados a natureza, aos povos indígenas e as Comunidades Tradicionais.
Danos estes, que vão agredir a natureza de várias formas, entre elas, bilhões de plantas que serão inundadas e apodrecerão se transformando em gás metano venenoso, impossibilitando a oxigenação da água, matando peixes e outras espécies de vida aquática; vão provocar o desequilíbrio climático, em decorrência das grandes extensões de lâminas de água que irão absorver calor e mudar radicalmente o regime de chuvas, castigando drasticamente a região com enchentes e secas.
Além dessas agressões, dizemos NÃO, porque 27 comunidades indígenas, ao longo do Xingu serão afetadas, estima-se que lá vivem 14.000 índios. A reserva dos índios Kaiapós vai ser parcialmente inundada, deixando - os em fragmentos descontínuos, pondo em risco a subsistência da cultura milenar desta minoria étnica. Além do inchaço populacional de migrantes carentes do Estado, no em torno da barragem e, a consequente problemática social (miséria, violência, prostituição infanto-juvenil, etc..) que certamente a VALE não terá nenhum interesse em ajudar e controlar.
Seguimos dando, assim, continuidade à luta de Irmã Dorothy Stang que defendeu a vida de toda a biodiversidade da bacia do Xingu e já estava, ao lado das comunidades indígenas e das populações tradicionais da região, dando o seu NÃO às primeiras iniciativas de construção de hidrelétricas naquela região.
Por fim, reiteramos a opinião de vários seguimentos da sociedade afirmando que BELO MONTE é um projeto faraônico, uma mega hidrelétrica, que vai agredir uma quantidade enorme de biodiversidade e não vai trazer crescimento econômico, não gerando emprego, nem trazendo o tão decantado desenvolvimento para as populações carentes da região, como propaga a falácia do discurso dos representantes daqueles que verdadeiramente serão os beneficiados – AS MULTINACIONAIS.


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