segunda-feira, 3 de maio de 2010
A FORÇA E A FÉ DE UM COMITÊ
A vida é o oposto da morte e os pensamentos de morte são necessários se queremos pensar de maneira significativa na vida .... as mais intensas experiências de vida acarretam as mais intensas experiências de morte (Rollo May, em Liberdade e Destino).
Com este pensamento acima quero testemunhar e reconhecer a força e a fé de um comitê. Trata-se do Comitê Ir. Dorothy, constituído por pessoas cujos sonhos convergiram nesta direção de pensar na vida de maneira significativa, a partir de uma intensa experiência de morte.
Em Anapu, há cinco anos, morria Ir. Dorothy. Sua morte deu novo significado à vida de muitas pessoas. A luta por justiça, o clamor contra a impunidade, a articulação de iniciativas em prol da verdade, a sustentação dos sonhos de quem acreditou num desenvolvimento sustentável para a Amazônia, tudo isto fez surgir o Comitê que, imbuído de força e fé, se pôs solidário com outras experiências intensas de morte, marcadas pela violência e acompanhadas da impunidade
O Comitê Dorothy é fruto de uma intensa experiência de morte que resultou numa grande experiência de vida. Participantes da primeira hora já deixaram atrás de si um testemunho inegável de doação, generosidade, entrega sem medidas. Este testemunho vai se fazendo convocação para outras pessoas que se somam ao sonho comum de que é com justiça que se faz um mundo novo.
O Julgamento do quinto acusado exigiu de todos e todas, o empenho redobrado. Muita emoção a ser contida, muita articulação a ser feita, uma doação sem precedentes. Mulheres e homens, jovens e idosas, montando acampamento, providenciando recursos zelando pelos alimentos, acolhendo pessoas. Noites sem dormir, madrugadores em vigília, atenção redobrada. Além de ser suporte para os que responsáveis do processo judicial, o Comitê, junto com outras entidades, sustentou a mística da resistência para se chegar ao julgamento de todos os acusados.
A maior alegria do Comitê Dorothy não é, certamente, a condenação das pessoas acusadas, mas o sinal de que a impunidade não tem a última palavra. E por ser tal seu norte, o Comitê vai se tornando referência para tantas outras pessoas que clamam por justiça. A frase repetida nas praças por tantas pessoas - mataram meu filho e não consigo a justiça – convoca o Comitê a prosseguir na força e na fé.
A gratidão e o reconhecimento de quem testemunhou tanta solidariedade.
Ir. Zenilda Luzia Petry – IFSJ
Presidente da CRB Regional
( CRB - Conferência dos Religiosos do Brasil)
Com este pensamento acima quero testemunhar e reconhecer a força e a fé de um comitê. Trata-se do Comitê Ir. Dorothy, constituído por pessoas cujos sonhos convergiram nesta direção de pensar na vida de maneira significativa, a partir de uma intensa experiência de morte.
Em Anapu, há cinco anos, morria Ir. Dorothy. Sua morte deu novo significado à vida de muitas pessoas. A luta por justiça, o clamor contra a impunidade, a articulação de iniciativas em prol da verdade, a sustentação dos sonhos de quem acreditou num desenvolvimento sustentável para a Amazônia, tudo isto fez surgir o Comitê que, imbuído de força e fé, se pôs solidário com outras experiências intensas de morte, marcadas pela violência e acompanhadas da impunidade
O Comitê Dorothy é fruto de uma intensa experiência de morte que resultou numa grande experiência de vida. Participantes da primeira hora já deixaram atrás de si um testemunho inegável de doação, generosidade, entrega sem medidas. Este testemunho vai se fazendo convocação para outras pessoas que se somam ao sonho comum de que é com justiça que se faz um mundo novo.
O Julgamento do quinto acusado exigiu de todos e todas, o empenho redobrado. Muita emoção a ser contida, muita articulação a ser feita, uma doação sem precedentes. Mulheres e homens, jovens e idosas, montando acampamento, providenciando recursos zelando pelos alimentos, acolhendo pessoas. Noites sem dormir, madrugadores em vigília, atenção redobrada. Além de ser suporte para os que responsáveis do processo judicial, o Comitê, junto com outras entidades, sustentou a mística da resistência para se chegar ao julgamento de todos os acusados.
A maior alegria do Comitê Dorothy não é, certamente, a condenação das pessoas acusadas, mas o sinal de que a impunidade não tem a última palavra. E por ser tal seu norte, o Comitê vai se tornando referência para tantas outras pessoas que clamam por justiça. A frase repetida nas praças por tantas pessoas - mataram meu filho e não consigo a justiça – convoca o Comitê a prosseguir na força e na fé.
A gratidão e o reconhecimento de quem testemunhou tanta solidariedade.
Ir. Zenilda Luzia Petry – IFSJ
Presidente da CRB Regional
( CRB - Conferência dos Religiosos do Brasil)
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Um comentário:
“É por causa do profeta que se cala Mas até com seu silêncio grita e fala” Parabens comité Dorothy pela solidariedade com o povo oprimido, pela luta contra o poder político, económico e religioso, pela ação libertadora que realiza juntamente com a participação das pessoas. É a mística de Jesus que alimenta sua prática e o leva a assumir a missão até as últimas consequências, mística esta que é alimentada no diálogo permanente com o Pai e pelo amor apaixonado por seu povo oprimido.
Pedro
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