sábado, 4 de junho de 2011

Sem comentários: “Para senadora Kátia Abreu, mortes no campo são crimes comuns”

É de causar um sentimento extremo de indignação o descaso, a insensibilidade e o desrespeito
com que a maioria do Congresso Brasileiro trata as mortes no campo.
Primeiro eles vaiam e gargalham. Depois essa declaração infame desta senhora.
Como alguém pode considerar um assassinato ser COMUM?
Nenhuma morte que vem através da violência, seja urbana, ou rural pode ser considerada comum.
É comum porque não foi assassinado nenhum madereiro, fazendeiro, plantador de soja e nem um
parente da senadora. Caso isso acontecesse, COM CERTEZA, os assassinatos deixariam de ser COMUM.
Virgínia
Comitê Dorothy 


Por racismoambiental em 03/06/2011 
Kátia Abreu: "Mortes no campo são crimes comuns"!

RIO – No dia em que mais um trabalhador rural foi morto no campo , a senadora Kátia Abreu (TO) classificou de “oportunismo” o tratamento dado às mortes, que, segundo ela, são crimes comuns. Nas últimas semanas, cinco ativistas foram assassinados.

- Isso é oportunismo. É querer usar uma situação trágica, inaceitável para todos, e culpar uma lei ambiental ou o Código Florestal – disse Kátia, que é presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). – É lamentável, mas a segurança pública tem sido um problema nacional. Em 2009, a CNA pediu ao Ministério da Justiça um plano de combate às invasões de terra e nada foi feito.

Líder da bancada ruralista, o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) disse lamentar as mortes, mas também classificou os episódios como “oportunismo”. Para ele, o destaque que o governo vem dando às mortes é uma estratégia para desviar a opinião pública da crise envolvendo Antonio Palocci, ministro da Casa Civil:

- Assassinatos ocorrem todos os dias em todos os lugares do Brasil, com velocidade muito maior. Há uma tentativa de confundir a opinião pública por conta dessa história do Palocci.

Em relação ao Código Florestal, que agora tramita no Senado e vai ser analisado por três comissões, Kátia disse que o ideal seria votá-lo antes do recesso de julho:

- Esse prazo de 180 dias não é necessário, acho lamentável. Há uma insegurança no campo que se arrasta por mais de dez anos, e a insegurança jurídica faz com que produtores se retraiam.

Kátia ressaltou ainda que “anistia não existe” no texto aprovado pela Câmara.

- Entendo que anistia é suspender a cobrança de multa sem pedir contrapartida. Então, anistia não existe.




Marquinho Mota
Coordenador de projeto - Rede FAOR

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