quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Luta contra a hidrelétrica de Belo Monte continua!

No Brasil os povos da floresta vem a tempos travando uma luta exasperada contra a tentativa de degradação do seu meio de vida por parte de empresas estrangeiras, que buscam hastear grandes projetos a visar, sob aprovação do governo, a extração e o processamento de recursos naturais da floresta, vindo causar significativas alterações na vida desses povos e enormes impactos ambientais na biodiversidade do espaço natural. Tudo em nome de um modelo de ‘desenvolvimento’ voltado apenas para o bolso de grandes empresários.
E a corda foi posta mais uma vez no pescoço da Amazônia. O governo quer a todo custo implantar a hidrelétrica de Belo Monte, mesmo que para isso tenha que pisar em cima do processo que rege a vida da floresta e de seus povos. Querem violentar o rio Xingu, as comunidades ribeirinhas e os povos indígenas que deste rio dependem para sobreviver.
Lula passou o bastão para Dilma, e a corrida do governo em buscar vantagens no cenário econômico internacional parece querer realmente se consolidar. O governo escolheu seguir direitinho o que dita cartilha do neoliberalismo, dentre eles “ tapar os ouvidos para o povo, abafar sua voz e calar sua boca com alguma coisa... O que importa é fazer negócios”
Mas o povo não se cala. No Pará no mês de abril  foram realizadas manifestações contra a implantação da hidrelétrica de belo monte. No dia 12 de abril, no Auditório do CSE da UEPA, aconteceu o Seminário Xingu Vivo para Sempre, cujo tema discutido foi Energia e desenvolvimento: a luta contra as hidrelétricas na Amazônia.
O seminário teve como objetivo trazer à discussão junto à população (estudantes, movimentos sociais, entidades, professores e etc.) o problemático emblema das construções de hidrelétricas na Amazônia, focalizando a tentativa, por parte do Governo e empresas, da implantação da hidrelétrica de Belo Monte e sua conseqüência para o povo da Amazônia. O professor Francisco Hernadez, do Painel de Especialista, parafraseou alguns pontos importantes de sua pesquisa a respeito de tal tema. Dentre eles, para quebrar-se a idéia de que hidrelétricas são a melhor forma de captação de energia, pautou sobre os mitos criados em torno de alguns fatos que sustentam a tese de implantações de hidrelétricas  não só na região amazônica, mas também em outras regiões do país, dentre eles o mito da solução do problema da sazonalidade, o mito da energia renovável e o mito da expansão de energia.
O professor Guilherme de Carvalho deu enfoque na questão da capacidade que as instalações de hidrelétricas tem de reordenar território, forçando uma reconstrução fundiária nesse espaço e, conseqüentemente, estendendo-a a outros territórios. Colocou, também, qual seria o verdadeiro papel das hidrelétricas no cenário econômico brasileiro e internacional, sendo este papel a busca pelo fortalecimento do processo de internacionalização das empresas brasileiras, dentre elas a Eletronorte, já considerada como uma empresa multinacional, buscando firmar-se cada vez mais, através do implante de hidrelétricas, inclusive até na Argentina. Guilherme considera esse fato como reflexo da disputa do Brasil em querer torna-se uma potência econômica E A VIOLÊNCIA QUE SE IMPÕE SOBRE A NATUREZA E OS POVOS DA FLORESTA, ASSIM COMO SEUS REFLEXOS, FAZEM PARTE DESSE PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO.
Já no dia 14 de março ocorreu a grande pescaria no rio Xingu, descrita “como um ato de desobediência civil dos pescadores e pescadoras, pois aconteceu no período final do defeso no rio. Teve o propósito de denunciar um Estado que diz proteger as espécies do rio e ao mesmo tempo autoriza a execução de uma obra que porá em risco a vida das populações da região”. Colocamos aqui o apelo de um amigo que esteve presente no dia deste ato:
“... estamos em um luta sem igual contra um projeto de morte (só quem teve a oportunidade de estar com as pessoas que serão atingidas por este projeto, sabe a angústia e a dor que sentem diante desta ameaça) que é construção da barragem de "Belo Monstro". Concebida pelo governo militar e abraçada pelos novos donos do poder.
Por isso neste momento queria muito pedir a colaboração de vocês. PRIMEIRO DE TUDO QUE ACREDITEM NO POVO E NA VITÓRIA CONTRA ESTE PROJETO! SEGUNDO QUE ANUNCIEM E DENUNCIEM O MÁXIMO QUE PUDEREM ESTA HISTÓRIA DE LUTA DO POVO DA AMAZÔNIA.
Segue abaixo um vídeo realizado sobre uma das últimas atividades feitas pra lutar contra esta ameaça.” * 
 
*Luiz Claúdio – CIMI Norte II

Comitê Dorothy
Amazônia Livre! Venceremos!!!




Nenhum comentário: