sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
EM DEFESA DO PRGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3
Na última sexta feira, dia 22 de janeiro, em Brasília, esteve reunido o Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia Militar vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, coordenado pela Ouvidora do Estado do Pará Cibele Kuss.
O Comitê Dorothy, inspirado pelo exemplo de nossa profetisa irmã Dorothy Stang, se solidariza com as preocupações deste Fórum, manifestadas na carta EM DEFESA DO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3 dirigida ao Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva; ao Ministro da Defesa Nelson Jobim; ao Secretário Especial dos Direitos Humanos, Ministro Paulo Vanucchi e as Organizações e Entidades de Direitos Humanos.
EM DEFESA DO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3
No momento que todo o Brasil se irmana ao povo Haitiano, à família Arns e às famílias dos militares vítimas do terremoto no Haiti, cumprimentamos os esforços do Governo brasileiro, coordenados pelo ministro da Defesa Nelson Jobim, em contribuir para o socorro das vítimas e o resgate dos corpos.
É nesse cenário que somos chamados a refletir sobre os valores fundamentais da vida, entre eles o direito de morrer com dignidade, a ter um enterro digno e direito dos sobreviventes de viver com dignidade, reconstruindo suas vidas e além de chorar, o sagrado direito de enterrar os seus mortos.
Por infeliz coincidência, esta tragédia se abate sobre nós no mesmo momento que assistimos com apreensão o desenrolar do debate sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3), que tivemos o prazer de celebrar junto com tantos outros segmentos representativos da sociedade, já que participamos da cerimônia de lançamento no último dia 21 de dezembro, durante a nossa XXIX Reunião em Brasília.
Julgamos que naquele dia assumimos conjuntamente o compromisso de, aprovado que foi por nossos representantes, dentre outros tantos, na XI Conferência Nacional dos Direitos Humanos, difundir e implementar os diversos avanços propostos, muitos dos quais a história não nos perdoará o simples retrocesso.
Julgamos que o capítulo “Direito à Memória e à Verdade” é um daqueles que, sem revanchismo mas sem omissão, sem “caça às bruxas” mas sem cumplicidade e conivência, nos intimam a revisitar a história recente do Brasil para, ao resgatar a Memória e a Verdade, reestabelecer a verdade e dar a irmãos/ãs brasileiros/as o sagrado direito de se despedir dignamente de seus mortos.
Por outro lado, é importante também ressaltar que o Programa ultrapassa em muito esse tema ao abordar diversos outros aspectos essenciais para a promoção e defesa dos direitos humanos. No que tange especificamente à atuação deste colegiado, realçamos que o Programa traz avanços significativos para a consolidação de uma concepção de segurança pública cidadã como direito humano fundamental.
De nossa parte, faz-se imperativo frisar a existência de dispositivos que reforçam a necessidade de ampliação e fortalecimento dos mecanismos de controle da atividade policial. Dentre estes, encontram-se as Ouvidorias de Polícia, órgãos fundamentais para assegurar a adequação da atividade policial ao Estado de Direito e à proteção dos direitos humanos fundamentais da sociedade como um todo e dos próprios profissionais do sistema de segurança pública.
Por isso, confiantes de que nesse caloroso debate deve imperar o bom senso pela manutenção do texto e em respeito ao árduo trabalho de muitos, coordenado pelo Ministro Paulo Vanucchi, com quem queremos nos solidarizar neste momento, nós, Ouvidores/as de Polícia de 17 Estados Brasileiros, manifestamos irrefutável apoio ao PNDH 3 e solicitamos a imediata implementação de suas propostas.
Brasília- DF, 22 de janeiro de 2010.
CIBELE KUSS
Coordenadora do Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia
O Comitê Dorothy, inspirado pelo exemplo de nossa profetisa irmã Dorothy Stang, se solidariza com as preocupações deste Fórum, manifestadas na carta EM DEFESA DO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3 dirigida ao Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva; ao Ministro da Defesa Nelson Jobim; ao Secretário Especial dos Direitos Humanos, Ministro Paulo Vanucchi e as Organizações e Entidades de Direitos Humanos.
EM DEFESA DO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3
No momento que todo o Brasil se irmana ao povo Haitiano, à família Arns e às famílias dos militares vítimas do terremoto no Haiti, cumprimentamos os esforços do Governo brasileiro, coordenados pelo ministro da Defesa Nelson Jobim, em contribuir para o socorro das vítimas e o resgate dos corpos.
É nesse cenário que somos chamados a refletir sobre os valores fundamentais da vida, entre eles o direito de morrer com dignidade, a ter um enterro digno e direito dos sobreviventes de viver com dignidade, reconstruindo suas vidas e além de chorar, o sagrado direito de enterrar os seus mortos.
Por infeliz coincidência, esta tragédia se abate sobre nós no mesmo momento que assistimos com apreensão o desenrolar do debate sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3), que tivemos o prazer de celebrar junto com tantos outros segmentos representativos da sociedade, já que participamos da cerimônia de lançamento no último dia 21 de dezembro, durante a nossa XXIX Reunião em Brasília.
Julgamos que naquele dia assumimos conjuntamente o compromisso de, aprovado que foi por nossos representantes, dentre outros tantos, na XI Conferência Nacional dos Direitos Humanos, difundir e implementar os diversos avanços propostos, muitos dos quais a história não nos perdoará o simples retrocesso.
Julgamos que o capítulo “Direito à Memória e à Verdade” é um daqueles que, sem revanchismo mas sem omissão, sem “caça às bruxas” mas sem cumplicidade e conivência, nos intimam a revisitar a história recente do Brasil para, ao resgatar a Memória e a Verdade, reestabelecer a verdade e dar a irmãos/ãs brasileiros/as o sagrado direito de se despedir dignamente de seus mortos.
Por outro lado, é importante também ressaltar que o Programa ultrapassa em muito esse tema ao abordar diversos outros aspectos essenciais para a promoção e defesa dos direitos humanos. No que tange especificamente à atuação deste colegiado, realçamos que o Programa traz avanços significativos para a consolidação de uma concepção de segurança pública cidadã como direito humano fundamental.
De nossa parte, faz-se imperativo frisar a existência de dispositivos que reforçam a necessidade de ampliação e fortalecimento dos mecanismos de controle da atividade policial. Dentre estes, encontram-se as Ouvidorias de Polícia, órgãos fundamentais para assegurar a adequação da atividade policial ao Estado de Direito e à proteção dos direitos humanos fundamentais da sociedade como um todo e dos próprios profissionais do sistema de segurança pública.
Por isso, confiantes de que nesse caloroso debate deve imperar o bom senso pela manutenção do texto e em respeito ao árduo trabalho de muitos, coordenado pelo Ministro Paulo Vanucchi, com quem queremos nos solidarizar neste momento, nós, Ouvidores/as de Polícia de 17 Estados Brasileiros, manifestamos irrefutável apoio ao PNDH 3 e solicitamos a imediata implementação de suas propostas.
Brasília- DF, 22 de janeiro de 2010.
CIBELE KUSS
Coordenadora do Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia
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