quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

''Muitas ameaças de morte vieram junto com Belo Monte, por eu ser contra a usina'', diz Dom Erwin Kräutler

Assim como a missionária norte-americana Dorothy Stang, assassinada há cinco anos por contrariar os interesses de grileiros da Amazônia, o bispo da Prelazia do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário, Dom Erwin Kräutler, assume os riscos de sua opção por defender os direitos humanos da população pobre da região.
Ameaçado de morte por ter denunciado crimes, como o abuso sexual de menores por homens ricos de Altamira (PA), Dom Erwin, como é conhecido, vem sendo criticado por se opor ao projeto do governo federal de construir a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), obra que irá deslocar famílias ribeirinhas e povos indígenas, modificando a biodiversidade local.
Confira entrevista com o missionário, em que ele fala sobre a impunidade de crimes, como o que matou Dorothy e sua visão sobre a construção de usinas, que vêm sendo impostas ao povo amazônico por empresas e governantes.

Para ler a entrevista completa clique no nome do entrevistado acima.

A entrevista é de Fabíola Munhoz e publicada por Amazonia.org.br, 17-02-2010.

Quinto aniversário do assassinato de Irmã Dorothy Mae Stang

"não somente o evangelho de Deus,

mas até a própria vida"

1 Tes 2,8

Cinco anos passaram desde aquele fatídico sábado em que Rayfran e Clodoaldo, empregados de Tato, cruzaram o caminho da Irmã Dorothy, não para cumprimentá-la, mas para executar o sinistro plano, há tempo concebido pelo consórcio do crime, e cumprir o nefasto papel de matar a Irmã que dedicou toda a sua vida aos pobres.

Os pobres de hoje não são apenas uns explorados e oprimidos. São excluídos, expulsos da sociedade e da terra por serem considerados "supérfluos" (cf. DAp 65). Irmã Dorothy fez a opção de sua vida exatamente por essas pessoas, por essas famílias "sem eira nem beira", desprezadas e maltratadas, sem perspectivas num mundo em que perderam sua pátria.

Foi aos pobres, que Deus assegurou seu amor incondicional e preferencial. As palavras do profeta Jeremias calaram fundo no coração de Dorothy: "Ponde em prática a justiça e o direito, livrai o oprimido das mãos do opressor, nunca prejudiqueis ou exploreis o migrante, o órfão e a viúva nem jamais derrameis sangue inocente no país" (Jer 22,3). Dorothy não apenas acompanhou as famílias de Anapu e da Transamazônica na busca de seus direitos e defendeu seus interesses, peregrinando de repartição em repartição, procurando falar com prefeitos, vereadores, deputados, senadores. Dorothy fez e foi muito mais: Ela amou! E esse amor fez vibrar cada uma das fibras de seu coração. Ela foi mãe, foi irmã, foi filha de seu povo! Dorothy nos lembra a passagem tão sugestiva na primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses: "Apresentamo-nos no meio de vós cheios de bondade, como u'a mãe que acaricia os seus filhinhos. Tanto bem vos queríamos que desejávamos dar-vos não somente o evangelho de Deus, mas até a própria vida, de tanto amor que vos tínhamos" (1 Tes 2,7-8).

Naquela manhã de sábado, 12 de fevereiro de 2005, ela testemunhou "o evangelho de Deus", derramando o seu próprio sangue. Foi morta porque amou sem medida, foi trucidada porque entendeu que seu lugar era "ao lado dessas pessoas constantemente humilhadas" [1] foi assassinada porque abraçou "a justiça e o direito" e lutou para livrar "o oprimido das mãos do opressor" (Jer 22,3), foi eliminada do meio do povo pobre porque contrariou os interesses e ambições de "gente que se considera poderosa", como ela mesma costumava expressar-se.
Dorothy viveu em vida a opção pelos pobres sem deixar-se intimidar ou constranger. Com a sua morte, porém, Dorothy ultrapassou todos os limites e fronteiras. Sacudiu o mundo, descerrando a face ensanguentada da Amazônia, fazendo ecoar os gritos e revelando as dores que golpeiam os povos que aqui vivem.

Cinco anos passaram! Cinco anos, também repletos de tramas e trâmites judiciais. Prisões efetuadas com grande alarde, sentenças condenatórias solenemente proferidas e com a mesma solenidade anuladas, pedidos de habeas corpus deferidos e liberdade provisória concedida. Sempre novas versões do crime, chegando até ao cúmulo absurdo de transformar a vítima em ré, alegando legítima defesa.

Há poucos dias um dos acusados é preso outra vez [2] . Foi condenado a 30 anos e absolvido em um segundo julgamento. Agora outro recurso consegue anular o veredicto anterior e o fazendeiro recebe novamente voz de prisão. E a imprensa divulga o fato como se fosse a prova mais convincente de que a Justiça funciona. Só tem um detalhe! Nós todos já estamos saturados de tais notícias. Em breve, algum advogado experto vai achar outra brecha na legislação e o homem conseguirá mais um alvará de soltura para acrescentar à sua coleção. O mesmo se diga do tal desaforamento anunciado agora [3]. Precisava cinco anos para chegar a essa conclusão?!

E o consórcio do crime? Nada mais tem a temer! A poeira há tempo sentou. Afinal, já há quem responde pelo homicídio! Por que procurar outros para submetê-los a processos complicados? Por que investigar a quem já não quer lembrar-se de nada? E aqueles que de longa data prepararam o terreno e o ambiente para que a irmã fosse morta? Agora negam tudo! Há pessoas que andaram de cima para baixo com a Dorothy e com ela comeram farofa na casa da Prelazia. Hoje estão do outro lado! Habilitaram-se a jogar no time adversário! É o salmo 41 bem atualizado: "Até meu amigo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou o calcanhar contra mim" (Sl 41 (40),10).

Neste ano de 2010, o mês de fevereiro, em que Irmã Dorothy foi assassinada, ganha mais uma razão para tornar-se histórico. A Amazônia que Dorothy tanto defendeu e pela qual doou sua vida, recebe mais um golpe, desta vez de proporções que ainda nem sequer podemos vislumbrar. O Presidente da República me prometeu pessoalmente [4] a continuação do diálogo sobre o projeto Belo Monte. No dia primeiro deste mês o Ibama tornou pública a licença prévia para que o Xingu fosse barrado. 1522 km2 de destruição à vista: 516 km2 de área inundada e 1006 km2 de área deteriorada porque faltará água!

Todas as 40 condicionantes que a Licença Prévia elenca para serem observadas pela empresa que sairá vitoriosa no leilão, nada mais são que uma confissão pública do Governo que o projeto, se for executado, terá consequências desastrosas. Ao exigir um bilhão e meio de reais em projetos para mitigar os efeitos, o próprio Governo admite de antemão que Belo Monte causará um terrível e irreversível impacto sobre a Amazônia. Onde já se viu tanto esmero para atenuar sequelas antes de iniciar a obra? É a prova cabal de que o próprio Governo sabe que está dando um tiro no escuro. Até esta data, o Ibama nem sequer conseguiu identificar a abrangência e intensidade dos impactos. Como esse órgão então pode realmente atestar a viabilidade de Belo Monte?

Lamentavelmente, quem sofrerá os trágicos efeitos não serão os tecnocratas em Brasília e políticos míopes, mas os povos desta região da Amazônia. O Xingu nunca mais será o mesmo. O solo será danificado, a floresta devastada e das águas turvas e mortas emergirão apenas os esqueletos esbranquiçados das outrora frondosas árvores.
É a política do rolo compressor, é a tática do fato consumado, é o método do autoritarismo que não aceita contestação!

E Dorothy, no seu túmulo, chora a desgraça anunciada!
Mas não deixa de encorajar-nos na luta em favor da vida contra projetos de morte. Nosso caminho é aquele traçado pelo Evangelho. Somos enviados por Jesus para anunciar a Boa Nova aos pobres e denunciar o que se opõe ao Evangelho da Vida, para quebrar as algemas da opressão e tirania, para defender o lar que Deus criou para todos nós e as futuras gerações, e proclamar um ano de graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19).


Amém! Marána thá! Vem Senhor Jesus!


Anapu, 12 de fevereiro de 2010


Erwin Kräutler, Bispo do Xingu

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ir. Dorothy, Exemplo de Vida religiosa e Profetismo

No próximo 12 de fevereiro de 2010, celebramos cinco anos do brutal extermínio de Ir. Dorothy Stang, missionária norte-americana que atuava em Anapú – PA. No entanto, mesmo após cinco anos de morte, Dorothy vive! A tentativa de calar aquela que era a voz forte dos camponeses, que não tinham a quem recorrer diante de tanta injustiça e humilhação que vinham sofrendo durante anos, se transformou grande fracasso. Fracassaram os matadores, mandantes, grileiros, madeireiros, grande proprietários de terra, influentes políticos, todos que tentaram calar Ir. Dorothy fracassaram, pois sua voz continua a ressoar, agora de forma mais forte e mais clara, multiplicando-se a cada dia através da voz de homens e mulheres de boa vontade que ao conhecer a luta daquele povo que Dorothy tanto amava, engrossam a fileira dos que lutam por um Pará onde reinam a justiça e a paz.


O martírio de Ir. Dorothy é fruto de uma vida doada pelo anúncio do Evangelho. Anunciar o Amor e denunciar a Injustiça que gera a morte. Essa é a missão dos profetas do nosso tempo, e assim foi a vida de Ir. Dorothy. A vida religiosa fundamenta-se no próprio Cristo, que em sua vida não se cansou de anunciar o Reino e denunciar os erros de uma religião opressiva. O Reino anunciado e inaugurado por Cristo Jesus não se tratava de uma utopia, de um sonho, mas era realidade já vivenciada por aqueles que com ele conviveram.


Esse exemplo que nos vem do Senhor era vivido em toda sua intensidade e sinceridade na vida de Dorothy. No seu jeito simples e acolhedor vivendo pobre com os pobres, partilhando da vida do povo sofrido da Amazônia, porém dando-lhes oportunidade de vislumbrar um novo horizonte, onde o desenvolvimento não se dá através da destruição da floresta, mas da convivência do homem com a mata e com tudo o que ela pode nos oferecer enquanto ainda está de pé. Essa idéia mexeu com todos aqueles que sempre defenderam a bandeira da destruição para o progresso. Mexeu com ricos e poderosos, no entanto, o pior de tudo para eles foi perceber que o que ela defendia era possível, uma forma de manejo sustentável da floresta, que eles viam como obstáculo para o desenvolvimento da região.


Foram grandes os obstáculos enfrentados por ela para dar voz ao povo da floresta, mas ela conseguiu e ainda consegue. Não desanimou, não se calou, não se acovardou, não morreu. Sim, Ir. Dorothy não morreu, continua viva em cada um que não deixa de lutar pelo ideal que sempre pautou sua vida, estar ao lado dos que não têm voz nem vez. Continua viva cada vez que fazemos o mundo lançar um olhar sobre o povo amazônida, o povo simples da floresta, que viva da floresta viva.


A vida religiosa deve ser pautada na vivência concreta do Evangelho, assumindo assim, uma postura profética diante da sociedade em que vivemos, não se calando diante das injustiças e buscando meios eficazes de fazer valer o direito fundamental da pessoa humana, que é o direito à vida. “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. A vida religiosa tem seu fundamento no próprio Cristo que veio dar vida ao mundo que jaz na sombra do pecado e da morte. Através do testemunho concreto de sua vida o religioso deve transparecer o rosto do próprio Cristo, que é vida para o seu povo.


O profetismo entra então, como conseqüência imediata do viver em Cristo. É impossível seguir Cristo e se acovardar diante da injustiça. O seguimento gera uma configuração ao mestre. Somos Configurados a Ele e Dele aurimos a força necessária para anunciar o Reino de Deus e as injustiças do mundo presente. Assim, o profeta é aquele que vive no mundo, mas não se permite escravizar por ele. Não se deixa prender nem iludir. Esse exemplo podemos ver de forma clara no testemunho da vida de Ir. Dorothy, que agora o mundo começa a conhecer. Por isso, um agricultor exclamou com grande certeza no dia de seu sepultamento: “Dorothy não foi sepultada, foi plantada”. A exemplo do grão de trigo que para dar fruto tem que cair no chão e morrer, assim o mártir-profeta, não abre mão de dar sua vida pelo Reino de Deus.


Hoje, após cinco anos, já vemos os frutos que brotam da semente Dorothy que foi plantada na terra fértil de Anapú. É o povo que não se cansa de lutar, é o mundo que se interessa por esse povo, é a vos do profeta que não pode ser calada, é a voz de dorothy que continua a ressoar pelo mundo: “Cada dia é um desafio, nós temos que conscientizar as pessoas que tudo que precisamos é amar e cuidar da floresta”.


Assumamos nossos postos na frente de combate, sejamos também nós capazes de fazer com que a voz de dorothy não se cale, tenhamos coragem e perseverança para não deixar o sonho do povo da floresta, por conseguinte o sonho de Ir. Dorothy ser esquecido. Também nós somos chamados a ser profetas do nosso tempo! Façamos a nossa parte! Lutemos por uma amazônia viva! Lutemos por uma amazônia livre! Lutemos por uma amazônia onde reina a justiça e impere a Paz!

Pe. Carlos Augusto Azevedo da Silva, tem 27 anos, é Presbítero incardinado na Arquidiocese de Belém e pároco de Sta. Maria Goretti, no bairro do Guamá.
http://padrecarlosaugusto.blogspot.com/

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ir. Dorothy: uma profecia calada, mas não silenciada.

Então o Senhor estendeu a sua mão e tocou-me a boca e me disse: ‘Eis que ponho as minhas palavras em tua boca. Eu te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancar e destruir, para exterminar e demolir, para construir e para plantar’ (Jr.1,9-10).

Dura e fascinante a ordem que o profeta recebe de seu Deus. Sistemas, projetos, mentalidades, nações, que se opõem aos desígnios de Deus, estão sujeitos à atuação vigorosa da profecia. Assim ontem, assim hoje. A profecia é a “via respiratória” dos pobres, é a “válvula” por onde o clamor dos empobrecidos e excluídos chega a Deus.
O profeta Jeremias, em torno do ano 620 a.C., em Anatot, próximo de Jerusalém, na Judéia, encarna esta função a serviço do seu povo. É a voz dos que não conseguem clamar. Não se calou até que outros o calaram, mas sem conseguir silenciá-lo. Sua mensagem ecoa ainda hoje no mundo. Não se pode silenciar um profeta.

Em Anapu, PA, coração da Amazônia brasileira, uma pequena-grande mulher, uma religiosa consagrada, uma norte-americana brasileira, na travessia do século XX para o XXI, tocada pela mão do Senhor, foi constituída para arrancar e demolir por um lado, e por outro, para construir e plantar. Foi igualmente a voz dos que não são considerados em nossa sociedade que se estrutura em torno de uma mentalidade desumanizante. Também Ir. Dorothy, como o profeta Jeremias, foi calada...

Já se vão cinco anos em que balas assassinas, disparadas por mãos assassinas, ordenadas por mentes assassinas, calaram a profecia de Ir. Dorothy. Mas sua profecia também não foi e não será silenciada. Seu clamor ecoa pela imensidão da floresta amazônica, perpassa nossas cidades, penetra em nossos lares, transpõe as mais diversas fronteiras. Neste seu quinto ano de morte, nossa profissão de fé: Ir. Dorothy: uma profecia calada, mas não silenciada

Ir. Zenilda Luzia Petry –IFSJ
Presidente da CRB Regional de Belém
Pará e Amapá

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Uma Mulher... Uma Missão neste Chão

Este ano está fazendo 5 anos que a imagem de uma mulher de 73 anos, assassinada e abandonada sobre o barro encharcado pelas chuvas num travessão de ANAPU-Pará, chocou e comoveu o Brasil e o mundo no dia 12 de fevereiro de 2005.

Segundo Lúcio Flávio Pinto, esta cena chocou o mundo:
“Por quatro circunstâncias agravantes no conjunto macabro das mortes por encomenda e da violência em geral que caracteriza o sertão paraense como o mais conflituoso do meio rural brasileiro. Em primeiro lugar, por ser mulher. Em segundo, por ser idosa. Em terceiro, por sua condição de religiosa. E, em quarto, pela dupla nacionalidade, que a manteve como estrangeira. Mas há ainda um quinto fator de comoção humana: a forma da sua execução.” (JP, nº 340, fev 2005)

Essa mulher, para não corrermos o risco de esquecê-la, não só a ela como a sua luta, é a Irmã Dorothy Mae Stang, missionária da Congregação de Notre Dame de Namur. Justo ela, que teve a coragem de sair de sua Pátria para uma terra distante e nessa terra assumir a perigosa missão de defender os direitos de homens, mulheres e crianças pobres, expropriados do seu bem maior – UMA VIDA DIGNA. Entretanto, ao pregar o EVANGELHO DA JUSTIÇA, ela desafiou o poder de um sistema político-econômico excludente, opressor e porque não dizer, assassino.

Coincidentemente, nesse ano de 2005, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs-CONIC realizava a Campanha da Fraternidade SOLIDARIEDADE E PAZ, com o lema FELIZES OS QUE PROMOVEM A PAZ. Uma cruel e infeliz contradição! Ver o sangue derramado, no chão da floresta, de uma mulher que dedicou sua vida para promover a paz, fazendo do seu cotidiano um permanente gesto de fraternidade neste chão da Amazônia.

É, querida irmã Dorothy, profetisa de Anapu, anjo dos povos de nossas florestas, viveste na linha de tiro dos grileiros, madeireiros e fazendeiros. As mãos opressoras e assassinas desses senhores te perseguiram, te caluniaram, mas tu não desististe, e eles também não desistiram. O teu sorriso, o teu amor e o teu ideal incomodavam. Eram mais forte que todas as terras e o lucro por elas gerado, por isso o consórcio foi instaurado, pistoleiros foram contratados. Seis tiros ecoaram no meio da floresta. Atingiram tua cabeça, teu coração e teu ventre. Quiseram assim, neutralizar teu PENSAR, teu SENTIR, teu GERAR, porém não conseguiram. Tu não morreste. Tu vives. Tu és semente brotando, dando flor e frutos no chão de cada um dos que lutam em defesa dos direitos humanos e contra a impunidade.

DOROTHY SEMENTE, DOROTHY PRESENTE!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"NÃO" A HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE!

O Comitê Dorothy também se solidariza com os Povos do Xingu e convida todos e todas, comprometidos com a “Vida”, a se solidarizarem e somarem forças neste momento de luta e resistência.

VIGÍLIA CONTRA LIBERAÇÃO DA LICENÇA PRÉVIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

A Amazônia mais uma vez está ameaçada. Para atender às ordens das grandes mineradoras, os governos de Lula e Ana Júlia preparam o que poderá ser o maior desastre ambiental da nossa história: A construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, no rio Xingu.

Caso o projeto seja implementado, mais de 20 mil pessoas serão retiradas de forma violenta de suas casas; 100 mil pessoas migrarão para a região, mas ao final da obra só restarão 700 empregos; de toda a energia que poderá gerar a UHE 80% será levada para o Sul e Sudeste do País e o restante servirá para alimentar as máquinas destruidoras e engordar o lucro das empresas Alcoa e Vale do Rio Doce. Isso deixará apenas destruição, miséria, fome e violência para toda a biodiversidade dos 13 municípios que sofrerão os impactos de Belo “Monstro”.

Neste momento os povos do Xingu contam com nossa solidariedade para resistirem ao mais pesado ataque do capital de toda a sua história. Por isso, o Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre convida todos e todas as pessoas comprometidas com a sobrevivência dos povos da Amazônia a dizer “Sim” à Vida e “Não” a Belo “Monstro”!!!

DIA: 04/02/10 (QUINTA)

LOCAL: CONCENTRAÇÃO NO CAN, ÀS 18H, EM NAZARÉ, SEGUINDO

EM CAMINHADA ATÉ O IBAMA, NA AV. CONSELHEIRO FURTADO,

1303, BATISTA CAMPOS.

fonte: www.xingu-vivo.blogspot.com