sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

UM 2010 COM ESCOLHAS CONSCIENTES E SUSTENTÁVEIS

O primeiro mês do ano está terminando. Vamos refletir sobre algumas mudanças em nossas atitudes e comportamentos que nos levem a escolhas concientes e sustentavéis.

Que em 2010 você economize água.
Segundo a ONU, a escassez de água já atinge 2 bilhões de pessoas. Este número pode dobrar em 20 anos.
Faça a diferença no Ano Novo usando a água racionalmente, fechando a torneira enquanto escova os dentes e tomando banho em até 6 minutos.

Que em 2010 você consuma menos carne.
O consumo de carne animal gera desmatamento, desequilíbrio ambiental, poluição e desigualdade social.
É também um dos fatores responsáveis pelo aquecimento global.
Um Ano Novo melhor para todos pode começar na mesa de casa.

Que em 2010 você apague a luz.
Todo mundo deseja muita luz no Ano Novo.
Deseje você também para as gerações futuras, apagando as luzes que você não utiliza, abrindo as janelas, desligando o ar-condicionado e utilizando conscientemente o chuveiro e o ferro de passar.

Que em 2010 você deixe o carro em casa.
Ao deixar o carro em casa uma vez por semana você reduz consideravelmente os gases de efeito estufa na atmosfera,colaborando com o trânsito, se exercita e torna a cidade mais agradável.
Que no Ano Novo você vá par muitos lugares bacanas, a pé, de bicicleta, ônibus ou Metrô.

Que em 2010 você consuma orgânicos.
Alimentos orgânicos não possuem agrotóxicos e respeitam os ciclos das plantas, insetos e pássaros essenciais para manutenção de nossa vida.
Também são mais saborosos e saudáveis.
Que seu Ano Novo seja farto de escolhas conscientes e sustentáveis.

Que em 2010 você use menos papel.
Apesar de se precisar cada vez menos papel, a demanda por ele cresce ano a ano,consumindo rapidamente as florestas e ecossistemas inteiros.
O reflorestamento faz pouco efeito, uma vez que ele não traz de volta espécies nativas, animais e insetos. Use folhas usadas como rascunho e não imprima e-mails sem necessidade. Ajude garantir um Ano Novo e um futuro mais verde para todos.

Que em 2010 você utilize menos sacolinhas plásticas.
As inocentes sacolinhas plásticas do supermercados geram resíduos que levam centenas de anos para se decompor na natureza, além de aumentar os custos dos produtos.
Nos oceano são confundidas por algas pela tartarugas e outros amimais, que a comem e morrem asfixiados.
Leve sua própria sacola quando for fazer compras, para que o Ano Novo e o Amanhã da gerações futuras seja mais próspero e menos poluído.

Que em 2010 você prospere de forma sustentável.
Melhor que desejar um próspero Ano Novo, é desejar um Sustentável Ano Novo.
Que você consiga realizar seus sonhos, sem se esquecer do impacto que eles podem ter no meio ambiente e no futuro de nossos filhos.
Escolha com consciência os produtos que você compra.

Que em 2010 você seja voluntário.

Tire aquele velho plano da gaveta e informe-se sobre a instituições que precisam de voluntários.
Há milhares de pessoas por aí cujo o melhor presente de Ano Novo um pouquinho da sua atenção e do seu carinho.

Que em 2010 você mude o mundo.
Pequenas ações individuais são a maior força transformadora que se conhece.Ter uma atitude consciente em relação aos nossos hábitos de consumo é a melhor (e talvez única) maneira de se mudar o mundo.
Economize água, luz, recicle seu lixo, faça a sua parte e ajude a construir um futuro para todos.


EM DEFESA DO PRGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3

Na última sexta feira, dia 22 de janeiro, em Brasília, esteve reunido o Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia Militar vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, coordenado pela Ouvidora do Estado do Pará Cibele Kuss.
O Comitê Dorothy, inspirado pelo exemplo de nossa profetisa irmã Dorothy Stang, se solidariza com as preocupações deste Fórum, manifestadas na carta EM DEFESA DO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3 dirigida ao Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva; ao Ministro da Defesa Nelson Jobim; ao Secretário Especial dos Direitos Humanos, Ministro Paulo Vanucchi e as Organizações e Entidades de Direitos Humanos.


EM DEFESA DO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - 3

No momento que todo o Brasil se irmana ao povo Haitiano, à família Arns e às famílias dos militares vítimas do terremoto no Haiti, cumprimentamos os esforços do Governo brasileiro, coordenados pelo ministro da Defesa Nelson Jobim, em contribuir para o socorro das vítimas e o resgate dos corpos.

É nesse cenário que somos chamados a refletir sobre os valores fundamentais da vida, entre eles o direito de morrer com dignidade, a ter um enterro digno e direito dos sobreviventes de viver com dignidade, reconstruindo suas vidas e além de chorar, o sagrado direito de enterrar os seus mortos.

Por infeliz coincidência, esta tragédia se abate sobre nós no mesmo momento que assistimos com apreensão o desenrolar do debate sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3), que tivemos o prazer de celebrar junto com tantos outros segmentos representativos da sociedade, já que participamos da cerimônia de lançamento no último dia 21 de dezembro, durante a nossa XXIX Reunião em Brasília.

Julgamos que naquele dia assumimos conjuntamente o compromisso de, aprovado que foi por nossos representantes, dentre outros tantos, na XI Conferência Nacional dos Direitos Humanos, difundir e implementar os diversos avanços propostos, muitos dos quais a história não nos perdoará o simples retrocesso.

Julgamos que o capítulo “Direito à Memória e à Verdade” é um daqueles que, sem revanchismo mas sem omissão, sem “caça às bruxas” mas sem cumplicidade e conivência, nos intimam a revisitar a história recente do Brasil para, ao resgatar a Memória e a Verdade, reestabelecer a verdade e dar a irmãos/ãs brasileiros/as o sagrado direito de se despedir dignamente de seus mortos.

Por outro lado, é importante também ressaltar que o Programa ultrapassa em muito esse tema ao abordar diversos outros aspectos essenciais para a promoção e defesa dos direitos humanos. No que tange especificamente à atuação deste colegiado, realçamos que o Programa traz avanços significativos para a consolidação de uma concepção de segurança pública cidadã como direito humano fundamental.

De nossa parte, faz-se imperativo frisar a existência de dispositivos que reforçam a necessidade de ampliação e fortalecimento dos mecanismos de controle da atividade policial. Dentre estes, encontram-se as Ouvidorias de Polícia, órgãos fundamentais para assegurar a adequação da atividade policial ao Estado de Direito e à proteção dos direitos humanos fundamentais da sociedade como um todo e dos próprios profissionais do sistema de segurança pública.

Por isso, confiantes de que nesse caloroso debate deve imperar o bom senso pela manutenção do texto e em respeito ao árduo trabalho de muitos, coordenado pelo Ministro Paulo Vanucchi, com quem queremos nos solidarizar neste momento, nós, Ouvidores/as de Polícia de 17 Estados Brasileiros, manifestamos irrefutável apoio ao PNDH 3 e solicitamos a imediata implementação de suas propostas.

Brasília- DF, 22 de janeiro de 2010.



CIBELE KUSS

Coordenadora do Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia

ATO PÚBLICO CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

No anfiteatro da Praça da República, em Belém do Pará, no domingo do dia 24 de janeiro deste ano, o Comitê Inter-religioso realizou um Ato Contra a Intolerância Religiosa. Foi uma manhã de intensa espiritualidade e de denúncia, marcada por momentos de mística, de performance, oração, falas de representantes de igrejas cristãs e não cristãs. O poeta popular paraense, Antônio Juraci Siqueira, recitou o poema Tolerância 1000 feito especialmente para esse dia. A ele o nosso respeito e admiração.


TOLERÂNCIA 1000!

Bem vindos! Bem vindos sejam
ao encontro da amizade!
Todos por um, um por todos
em prol da fraternidade.
Que o amor sirva de guia,
gerando paz e harmonia
para toda a humanidade!

Que não exista entre nós
desnecessários duelos:
que todos, índios, caboclos,
negros, brancos e amarelos,
compreendam, finalmente,
que a força de uma corrente
reside na união dos elos!

Sejam nossas diferenças
quais cordas de um violão:
separadas mas coesas
nos acordes da canção.
Que cada um se reflita
no exemplo da própria mão:
cinco dedos desiguais
que juntos trabalham em paz,
unidos na mesma ação!

Seja a nossa tolerância
um elo fundamental
capaz de unir diferenças
em torno de um bem real.
Que cristãos, judeus, budistas,
islamitas e umbandistas
lutem por esse ideal!

Que todos pensem num mundo
mais justo, mais solidário;
que as mãos do amor e da ética
construam um novo cenário
onde o ser suplante o ter
e a paz deixe, enfim, de ser
três letras no dicionário.

Pela cultura da paz
sem olhar crentes e ateus,
pelo fim de tantas guerras
feitas em nome de Deus.
Que as armas da intolerância
da maldade e da arrogância
virem peças de museus!

Contra a discriminação
seja de que tipo for:
quer de opção sexual,
de credo, gênero, cor,
pensamento, ideologia,
modo de vida, etnia...
Todos têm igual valor!

Contra toda intolerância
dirigida à religião
que a Bíblia não é maior
nem menor que o Alcorão
e que o Deus de Ajuricaba,
não é melhor que o de Abraão.
Que a fé que move montanha
jamais sirva de barganha
e instrumento de opressão.

Vamos lutar por um mundo
onde a fé seja capaz
de tornar campos de guerra
em templos de amor e paz
onde Cristo, Maomé,
Ogum, Tupã e Javé
não se façam generais!

Contra todo fanatismo
que no mal finca a raiz.
Que a justiça seja, enfim,
na Terra a força motriz.
Que todos se deem as mãos
como amigos, como irmãos
por um mundo mais feliz!

Antonio Juraci Siqueira

Campanha da Fraternidade 2010

Acompanhe a programação em preparação da Campanha da Fraternidade 2010.

Esta Campanha da Fraternidade tem tudo para ser uma das mais participativas dos últimos anos. Pois além de ser ecumênica e, por isso, ampliar o raio de igrejas participantes, ela trás um tema muito instigante para os dias atuais: a economia.
Vale lembrar que o tema foi escolhido ecumenicamente por uma comissão de representantes das igrejas que compõem o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs - CONIC - antes da crise econômica mundial mais recente que combaliu os alicerces do neoliberalismo, fazendo com que os maiores bancos do mundo entrassem em bancarrota e apelassem por socorro ao Estado.
Por se tratar de um tema amplo - "Economia e vida" - dá para abordar várias facetas da realidade social de nossas comunidades: miséira, desigualdade social, degradação ambiental, alternativas populaes de produção e consumo de bens, economia popular e solidária, etc. Tudo isto sustentato pela provocação do lema - "vocês não podem servir a Deus e ao diheiro" - que nos remete a uma opção entre os valores do Reino, que são justiça e paz, e os valores do mundo, que são o consumismo e a dominação de uma pessoa sobre a outra.
Diante de uma possibilidade como esta que teremos ao longo deste ano de estudar e desenvolver ações concretas sobre estes temas, vamos nos animar em convidar, estimular e envolver nossa comunidade de base na CFE 2010. E não esqueça, envie as fotos e os fatos dos eventos da CFE para o nosso blog pelo e-mail unidadecaic@gmail.com.

Veja o que já está acontecendo e o que ainda estar por vir:

18 a 22 de janeiro: Encontro de Multiplicadores da Campanha da Fraternidade Ecumênica / Arquidiocese de Belém;

28 de janeiro, quinta-feira, 18h: Reunião de avaliação do Encontro da CFE de Belém e organização da Abertura da Campanha. Na Catedral Anglicana de Santa Maria (Serzedelo Correa, entre Gentil e Conselheiro);

28 a 30 de janeiro - Encontro da CFE na paróquia de Nazaré / Marituba, sempre as 19h.

31 de janeiro, domingo: Encontro de Multiplicadores em Muaná;

03 de fevereiro, quarta, às 8h: Reunião ampliada de acompanhamento da CFE 2010;

05 de fevereiro, sexta-feira: Curso da CFE 2010 na Pedreirinha.

05 a 07 de fevereiro: Encontro de Multiplicadores da Campanha da Fraternidade Ecumênica / Prelazia do Xingu;

14 e15 de fevereiro: Retiro da Pastoal da Juventude.

17 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, 9h: Coletiva de imprensa da CFE 2010. Na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Belém;

20 de fevereiro, sábado: Curso da CFE na Livraria Paulus.

21 de fevereiro, domingo: Abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 em Belém. Na Escadinha do Cais do Porto

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Coordenação do CAIC
Tony Vilhena (metodista / ACER)
Lena Aguiar (luterana)
Celina Oliveira (católica / Focolares)
Revdo. Nádio Batista (presbiteriano)
Pe. Andréas Heyligers (católico)