sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
CELEBRAÇÃO ECUMÊNICA EM MEMÓRIA DE DOROTHY
ABERTURA DA SEMANA IRMÃ DOROTHY STANG
Em Belém, o Comitê Dorothy realizou várias atividades em memória ao sexto de ano de martírio da missionária Dorothy Stang.
Dia 06 de fevereiro de 2011, na Praça da República, no espaço MOVIDA, aconteceu a ABERTURA DA SEMANA IRMÃ DOROTHY STANG: UMA HERANÇA SAGRADA A SER DEFENDIDA. O dia amanheceu sem chuva e o sol acolheu o ato com luz e calor.
No espaço, uma exposição ofereceu um pouco da vida, da missão, dos sonhos e da luta da missionária, símbolos do seu legado: fotografias, poesias, testemunhos.
Em meio a cânticos e recitação de poesias, muitas manifestações de representantes de entidades de Igrejas e Movimentos Sociais, como das Irmãs de Notre Dame, Repeca Spire e Júlia Depweg; Pastora Marga Rothe da Paróquia de Confissão Luterana ; Padre Henrique Leconte da Congregação de Oblatos de Maria Imaculada,representando também a Conferência de Religiosos do Brasil ( CRB ); Dinailson Benassuli do Comitê Dorothy; Emílio Fernandes do PROVIDA; Eliana do Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade (MMCC); Angélica do MOVIDA; Jane Silva da Comissão Pastoral da Terra dentre outros.
Também houve a apresentação do Grupo de Teatro Renascer da Paróquia dos Capuchinhos. O ato foi encerrado com a Oração “Prece pela Ecologia” e com a Bênção final dada pela Pastora Cibele Kuss.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
NOTA PÚBLICA DA COMISSÃO PASTORAL DA TERRA / XINGU
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Saludo la Semana Dorothy Stang
- Colonia Jardines de Guadalupe, Avenida Río Amazonas Nº 4,
Antiguo Cuscatlán, La Libertad. El Salvador, Centroamérica;
- Oficina Comisión Arquidiocesana de CEB´s. 12 calle "A" 0-18 zona 1.
Guatemala. Centroamérica.
Teléfonos: San Salvador (503) 2243-2126 / Guatemala: (502) 2238-4720
Correo Electrónico: secretaria@sicsal.net Página Web: www.sicsal.net
1. Nuestra unión espiritual con ese importante evento en memoria de una mujer que entregó su vida al seguimiento de Jesús y, como El, también fue asesinada por anunciar el Reino de Dios, Buena Noticia para los pobres.
2. Les animamos a seguir el ejemplo de esta valiente mujer, religiosa norte americana, brasileña y, ahora, también, mundial, “hermana de todas y todos”. Su lucha, por defender los recursos naturales y por vencer la impunidad en las violaciones de los Derechos Humanos, continúa siendo actual; les inspira a ustedes en el Estado de Pará y nos inspira a nosotros como red internacional.
3. Por eso, estamos en total sintonía con el tema elegido: “Hermana Dorothy: una herencia sagrada a ser defendida”; en ese mismo espíritu nos comprometemos a defender la herencia sagrada que nos dejaran tantas mujeres y hombres que, en el Continente, han muerto por la justicia; queremos, en esta ocasión, recordar especialmente, por la proximidad de su reciente muerte, a Don Samuel Ruiz, obispo emérito de Chiapas, México y, a Miguel Cavada, educador popular, en El Salvador.
4. Basados en el magisterio episcopal de Mons. Oscar Romero, o bispo inspirador de SICSAL,declaramos a la Hermana Dorothy Stang “mártir de la Iglesia latinoamericana”: “Para mí que son verdaderos mártires en el sentido popular. Naturalmente, yo no me estoy metiendo en el sentido canónico, donde ser mártir supone un proceso de la suprema autoridad de la Iglesia,que lo proclame mártir ante la Iglesia universal. Yo respeto esa ley y jamás diré que nuestros sacerdotes asesinados han sido mártires todavía canonizados. Pero sí son mártires en el sentido popular, son hombres que han predicado precisamente esa incardinación con la pobreza, son verdaderos hombres que han ido a los límites peligrosos donde la UGB (escuadrones de la muerte) amenaza, donde se puede señalar a alguien y se termina matándolo como mataron a Cristo. Estos son los que yo llamo verdaderamente justos... Pero el hecho de haber dejado que les quitaran la vida y no haberse huido, no haber sido cobardes y haberlos situado en esa situación de tortura, de sufrimiento, de asesinato, para mí es tan valioso como
un bautismo de sangre y se han purificado. ¡Tenemos que respetar su memoria!” (Homilía 23 de septiembre de 1979, VII p. 287).
¡Hermana Dorothy Stang! ¡VIVES CON NOSOTROS!
Secretaría del SICSAL, 10 de Febrero de 2011.
Armando Márquez Ochoa
Sheny Vásquez
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
NOTA CPT NACIONAL Seis anos depois do assassinato de Irmã Dorothy Stang conflitos continuam
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
NOTA DO COMITÊ DOROTHY: SEXTO ANO DO MARTÍRIO DA MISSIONÁRIA DOROTHY STANG
Porém, neste sexto ano, nós do Comitê Dorothy não estamos gritando por justiça, embora continuemos lutando para que ela aconteça em todos os lugares. Estamos querendo discutir e refletir sobre o legado deixado por irmã Dorothy – Uma sagrada herança a ser defendida.
Durante uma semana fizemos memória e reafirmamos o nosso compromisso com a defesa dessa herança. Comprometer-se com essa herança para nós é comprometer-se com a defesa da VIDA- de Vida digna para todos e todas. É comprometer-se com um projeto de desenvolvimento justo e sustentável para a Amazônia. É comprometer-se com a reforma agrária que garantirá o direito Divino de acesso a terra para todos que nela querem produzir. É ter a coragem e a persistência de ficar ao lado do povo lutando contra a ação ambiciosa e depredadora do Agronegócio.
Assim, temos certeza que nossa Irmã Dorothy, caminhará sempre ao nosso lado fortalecendo e animando o nosso sonho e a nossa luta pela construção de um mundo de justiça e paz.
DOROTHY VIVE! SEMPRE! SEMPRE! SEMPRE!
Belém, 17 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
IRMÃ DOROTHY, ANAPU E BELO MONTE
Há mais de seis anos, antes de ser assassinada por fazendeiros em Anapu, no Pará, a Ir. Dorothy Stang já temia pelas consequências que a Hidrelétrica de Belo Monte provocaria naquela região caso fosse aprovada. “Ela temia pelo impacto socioambiental e pelo dinheiro público que seria jogado fora em uma hidrelétrica que vai ficar parada em torno de quatro meses por ano sem gerar um quilowatt de energia”, contou o procurador do Ministério Público Federal Felício Pontes Júnior, em entrevista, por telefone, à IHU On-Line.
Após o homicídio da religiosa, Pontes Júnior não deixou de lutar pelas principais causas defendidas por Dorothy, inclusive contra Belo Monte. Na entrevista, o procurador critica fortemente o Ibama, que concedeu licenciamento para o início das obras no rio Xingu. “O Ibama será o grande responsável por uma degradação sem precedentes na nossa história.” Pontes Júnior também segue acompanhando de perto a evolução do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, iniciado por Dorothy. “É o verdadeiro projeto de reforma agrária para a Amazônia.”
Felício Pontes Junior é procurador da República junto ao Ministério Público Federal em Belém com atuação na área indígena, ambiental e ribeirinha, e é mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Seis anos após a morte de Dorothy Stang, como o senhor analisa a situação de Anapu hoje?
Felício Pontes Júnior – A população está organizada. Seis anos foram o suficiente para que se criasse uma organização muito forte. Há uma consciência de que o único desenvolvimento possível para a Amazônia, com relação à reforma agrária, é o que consegue conciliar o aumento econômico daquela população com a preservação do meio ambiente. É exatamente isso que o projeto da Ir. Dorothy previa. No último ano, o Pará se tornou o maior produtor de cacau do Brasil, exatamente por conta da contribuição das plantações de dentro do Projeto de Desenvolvimento Sustentável – PDS Esperança – da Ir. Dorothy. Para que haja plantação de cacau, você precisa ter a floresta em pé, o cacau precisa de sombra. Isso auxiliou muito no projeto que a Dorothy sonhava. Ela mesma levava as sementes de cacau para a floresta a fim de que os colonos pudessem plantar.
Ainda há uma pressão muito grande dos madeireiros em cima daquela área. Até a morte da Irmã, os madeireiros tentavam atacar aquela área da floresta com papéis, títulos falsos. Depois, a estratégia mudou. Agora eles tentam infiltrar no assentamento trabalhadores de madeireiras como se fossem assentados, colonos da reforma agrária. Essas pessoas estavam tirando madeira dali, o último conflito ocorreu inclusive por causa disso. Aconteceu uma grande revolta, bloqueando estradas de acesso ao projeto PDS Esperança, parando até a Transamazônica.
IHU On-Line – Que mudanças ocorreram nestes seis anos?
Felício Pontes Júnior – É visível a mudança econômica na vida das pessoas que acreditaram no PDS Esperança. Vemos colonos da reforma agrária que chegaram lá sem ter “nem um facão amolado”, como eles mesmos dizem, e hoje estão motorizados. Têm veículos de carga, embora pequenos e usados, e motocicletas. Isso é uma prova evidente do desenvolvimento econômico que está acontecendo naquela região, graças ao projeto. O PDS está localizado a 50 quilômetros da sede da cidade de Anapu. O que se vê nestes 50 quilômetros é um rastro de miséria deixado por projetos de pecuária que não deram certo. As pessoas que se voltaram para o gado não conseguiram desenvolvimento econômico. O PDS Esperança é o verdadeiro projeto de reforma agrária para a Amazônia. Por isso é alvo de tanta cobiça por parte de fazendeiros e madeireiros.
IHU On-Line – O que a Ir. Dorothy Stang diria dos atuais desdobramentos em torno do licenciamento de Belo Monte?
Felício Pontes Júnior – Tive a oportunidade de conviver intensamente com a Ir. Dorothy durante os últimos cinco anos da vida dela. Essa era uma grande preocupação dela – temia que o Projeto Esperança fosse por água abaixo se Belo Monte acontecesse. Ela temia que não houvesse planejamento e estrutura suficientes para abrigar as pessoas que viriam para a região, principalmente em Anapu, Altamira e Vitória do Xingu, as cidades mais afetadas.
Naquela oportunidade nós já tínhamos a informação de que Belo Monte não se sustentava do ponto de vista econômico. Quem conhece o rio Xingu, e Dorothy o conhecia muito bem, sabe que a vazão do Xingu é uma coisa impressionante entre a seca e a cheia. No período de cheia ela vai atingir 30 mil metros cúbicos de água por segundo, mas no período da seca é de apenas mil metros cúbicos por segundo. Isso demonstra que a propaganda do governo, que dizia que teríamos 11.000 megawatts de energia, é uma mentira. Inclusive na entrevista do presidente da EPE na semana passada ele confessou que teremos, no máximo, 4000 megawatts de energia. Depois de dez anos de conflito eles admitem que é uma hidrelétrica de porte médio, no que tange a geração de energia, e não de grande porte, como era propagado, embora os efeitos danosos sejam imensos.
Tudo isso já havia sido denunciado por Dorothy Stang. Ela temia por estas duas coisas: pelo impacto socioambiental na região e pelo dinheiro público que seria jogado fora em uma hidrelétrica que vai ficar parada em torno de quatro meses por ano sem gerar um quilowatt de energia.
IHU On-Line – Como o senhor analisa a atuação do Ibama no caso de Belo Monte?
Felício Pontes Júnior – Pelo impacto desse licenciamento indevido, hoje podemos dizer que o Ibama é o maior violador das normas ambientais na Amazônia. É o que vai causar maior impacto sobre a região com esse licenciamento fajuto. Quando você percebe que existe a previsão de mais de 60 barragens nos rios da Amazônia, ou seja, em praticamente todos, não há outra afirmação a fazer. Há vários projetos grandes e prejudiciais na região amazônica, mas nenhum deles se compara a esses licenciamentos de hidrelétricas.
O Ibama será o grande responsável por uma degradação sem precedentes na nossa história. Barrando os rios à maneira como está sendo feita, inventando licenças parciais e que não existem, o Ibama está tentando jogar com o governo federal, fazendo com que o fato esteja consumado. Para que quando as ações judiciais cheguem ao fim, a barragem esteja praticamente pronta. Será que algum juiz vai ter coragem de dizer: “Então vamos destruir a barragem?" Infelizmente, o Ibama se mostrou um órgão extremamente conivente com todas as barbaridades e atentados às leis que estão sendo cometidos pelo governo federal aqui na Amazônia.
IHU On-Line – O que aconteceu na última audiência em Anapu, que diminuiu o clima de tensão do povo do PDS Esperança?
Felício Pontes Júnior – Nessa audiência o povo do projeto teve um grande resultado que foi um compromisso, tanto do Incra como da Força Nacional, de estarem presentes na região de maneira permanente. O escritório do Incra em Anapu volta a funcionar de maneira muito mais estruturada e recebemos a promessa de que as forças de segurança estarão na região durante todo o ano. Essa foi uma grande conquista dos trabalhadores do PDS Esperança na audiência pública.
IHU On-Line – Como é a vida nesse projeto hoje?
Felício Pontes Júnior – Temos uma comunidade cada vez mais forte. A prova disso é a fundação recente de um sindicato de trabalhadores da agricultura familiar, pois não se sentiam representados pelo sindicato antigo. Mais ainda, do ponto de vista econômico, eles viram agora a necessidade de formar uma cooperativa. Quando se organiza um sindicato e uma cooperativa, mostra que está havendo um fortalecimento nos laços de trabalho, de amizade. Ir. Dorothy recebeu aquelas pessoas que eram excluídas, gente de todo o Brasil, expulsos de suas terras por grandes projetos, latifúndios. E essas pessoas tiveram de se agrupar, morar juntas sem nem se conhecerem, formar uma comunidade nova. Esse vínculo que não existia começa a se tornar extremamente forte.
IHU On-Line – O que falta para o povo que era atendido pela Ir. Dorothy?
Felício Pontes Júnior – A estrutura que o Incra dá aos assentamentos ainda não chegou de forma efetiva àquela região. Embora o órgão tenha se esforçado bastante, ainda não foi suficiente. Não temos, por exemplo, todas as casas do crédito habitação construídas, nem todos os recursos do crédito de fomento concedidos aos moradores. Muito foi construído somente com o suor e com o braço das pessoas que estão lá, com um apoio do governo que ainda não é integral, mas que já foi significativo se compararmos com outros assentamentos na Amazônia. Passo a passo, porém, todos estão percebendo que o assentamento tem progredido, mesmo que, a meu ver e ao do Ministério Público Federal, esse processo poderia ter sido mais rápido. Mas é visível a cada ano a melhora na qualidade de vida das pessoas que estão lá.
IHU On-Line – E quais os próximos desafios para os integrantes do projeto?
Felício Pontes Júnior – A preocupação do MPF naquela região é a presença da polícia. É isso que os assentados da reforma agrária pedem – que a polícia esteja presente e que não seja comprometida com fazendeiros e madeireiros da região. Tem de ser isenta. A polícia e Força Nacional precisam habitar Anapu, pois é um ano de consolidação do projeto. Além dos assentados, quem pede a presença da polícia lá é a Comissão Pastoral da Terra. É uma prova de que não temem, de que estão trabalhando dentro da legalidade. Se a gente conseguir que as forças de segurança estejam presentes naquela região, teremos uma superprodução de cacau, que tem um melhor preço, e de outras frutas que também foram plantadas lá. Isso fará com que alavanque ainda mais o desenvolvimento das pessoas que vivem naquela região, principalmente no PDS Esperança.
IHU On-Line – Qual sua opinião sobre a postura do Judiciário no processo de julgamento dos assassinos da Ir. Dorothy Stang?
Felício Pontes Júnior – A mobilização da imprensa nacional e internacional e dos movimentos sociais na Amazônia possibilitou que os cinco envolvidos no caso de Dorothy Stang fossem julgados e condenados. O que causa uma estranheza muito grande é que o principal deles, o que planejou a morte e contratou os demais, esteja solto até hoje, embora condenado a 30 anos de cadeia. Ele está solto exatamente por conta de uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, que concedeu o direito de apelar em liberdade. Isso mostra que Judiciário ainda está muito longe do ideal de justiça que a população deseja. Vejo o judiciário extremamente distante, desassociado da sociedade.
O mesmo acontece em relação a Belo Monte. Temos vencido ações judiciais no Pará, mas são suspensas no Tribunal Regional Federal de Brasília, que também tem uma postura extremamente distante da realidade. É um poder Judiciário extremamente político. Quando lemos algumas dessas decisões, percebemos que as pessoas que estão decidindo não têm noção do que pensa e o que quer a sociedade brasileira, principalmente a sociedade amazônica. Um judiciário que está fora da realidade brasileira, que se sente acima da realidade, é extremamente perigoso para o país, tanto é que Belo Monte recebeu o licenciamento mesmo com dez ações judiciais propostas, muitas favoráveis, mas suspensas. Porém, nós continuaremos fazendo a nossa parte, não vamos desistir. O que faz com que cada um de nós durma tranquilo aqui na Amazônia é o fato de não sermos omissos perante tanta injustiça.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Desde Ecuador para la Semana Dorothy Stang
UNA SAGRADA HERENCIA A SER DEFENDIDA
Conocí de cerca y en forma vivencial la historia de la Hermana Dorothy en Belem do Pará cuando en enero del 2009 participé como delegada del SICSAL en el Foro de Teología de la Liberación y en el Foro Social Mundial, y tuve la gracia de Dios de encontrarme con hermanas y hermanos brasileros integrantes del Comité Dorothy Stang. Desde entonces el testimonio de esa mujer – cristiana - profetiza alimenta nuestras luchas y da sentido a nuestra entrega en la construcción del Reino.
Ir. Dorothy, como la llamaban y la llaman en el enorme Brasil fue una misionera norte-americana, que nada más llegar a su nueva patria, hizo la opción preferencial por los pobres en la floresta amazónica y se convirtió en poco tiempo en una brasileña más; en una pobre más; en una compañera más que asumió en sí misma no solo el dolor de la exclusión de los indígenas brasileños despojados de sus tierras, sino también el dolor de la madre tierra que gemía con dolores de parto frente a la voracidad y exterminio maquinado por el agronegocio, el gran capital.
Pero como sabemos el capital no perdona. Su opción por los indios, y su opción por la vida de la TIERRA al estilo de Proaño, de Samuel Ruiz y de Pere Casaldáliga lo pagó con su vida. Un 12 de febrero del 2005 seis balas asesinas desplomaron su cuerpo, su sangre se mezcló con la Pachamama que con sus brazos abiertos acogió su vida, se nutrió de su sagrada y redentora sangre y se fundieron en ese abrazo eterno y liberador.
Los fazendeiros y pistoleiros en el caso de la hermana Dorothy como en el caso de tantos cuerpos masacrados, desaparecidos, torturados y asesinados han querido exterminar luchadores pero jamás han podido, pue su muerte es semilla de esperanza. El asesinato de la Hermana Dorothy es herencia sagrada que tiene que ser defendida por todos quienes intentamos seguir las huellas del Evangelio Liberador y soñamos con el cielo nuevo y la tierra nueva experimentando en plenitud el SUMAK KAWSAY.
Gracias hermana Dorothy por tu entrega vital, por tu testimonio transparente y coherente por la vida de los pueblos indios y por la vida de la Pachamama. El poder y el capital seguirá segando vidas, pero los sueños siguen intactos. Hoy, a seis años de tu resurrección, en todas partes miles de voces resuenan condenando el modelo extractivista, la sobreexplotación del planeta y reclamando los derechos ancestrales de los pueblos indígenas. Tu vida, tu entrega y tu resurrección es semilla de liberación.
Quito, 5 de febrero del 2011
Nidia Arrobo Rodas (Fundación Pueblo Indio del Ecuador / SICSAL - Serviço Internacional cristão de solidariedade aos povos da América latina- Oscar Romero)terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Ir. Dorothy! Uma sagrada herança a ser defendida!
Esse povo é o povo simples da floresta, que consegue conviver com ela sem derrubá-la, que preserva a natureza e conhece a terra como ninguém. Esse povo é o povo que sofre vendo a madeira sendo roubada. Esse povo é o povo que sofre vendo a terra sendo-lhes tirada. Esse povo é o povo que sofre vendo e sentido a força da pólvora e do chumbo que ceifa a vida de famílias inteiras, através da violência dos pistoleiros e do dinheiro dos grileiros. Esse povo é o povo que não tinha voz, que não tinha esperança, que não tinha força, mas encontrou naquela senhora o alívio de suas dores.
Ela lhes deu voz juntos às autoridades, ela lhes deu visibilidade em meio ao mundo globalizado, ela assumiu para si uma luta que não era sua, mas passou a ser quando no ímpeto de fazer Jesus conhecido e amado, conheceu o sofrimento desse povo a passou a sofrer com ele suas dores.
Ir. Dorothy era muito mais que uma simples religiosa que anunciava o Evangelho, era uma mulher de fibra que vivia o Evangelho, que encarnava o Evangelho em sua vida. Muito mais que pregadora da Palavra de Deus ela era Testemunha e semeadora do Reino de Deus. Era muito mais que líder, era liderança! Era muito mais que amiga, era amor! Era muito mais que conselheira, era exemplo!
Qual o seu legado, qual a sua herança? A herança de Ir. Dorothy é a certeza de que não estamos sós, de que juntos podemos muito mais do que sozinhos, é a certeza de que quando acreditamos no Estado de direito e procuramos as pessoas certas, fazendo as pressões certas, buscando o caminho certo, nada pode dar errado. Que a força do povo organizado, que busca garantir a manutenção de seus direitos e exercer os seus deveres é imensurável. A certeza de que diante do gigante Golias que é o Agronegócio, a grilagem de terras, nós somos o pequeno, porém corajoso, Davi, que com cinco pedrinhas derruba o gigante.
Seis anos após seu martírio, somos levados a olhar o que essa mulher nos deixou. Ir. Dorothy nos deixa como legado a responsabilidade de preservar a floresta de pé. A responsabilidade de denunciar todo e qualquer tipo de ameaça a integridade da floresta e de seu povo. Ela nos deixa como legado um povo que soube se organizar e hoje já começa a produzir. Onde há seis anos existia uma esperança, hoje existe uma realidade.
No entanto, ainda paira o medo no ar. Os pistoleiros ainda tiram a vida de trabalhadores indefesos, a madeira ainda é retirada, terras continuam a ser roubadas, assassinos ainda andam à solta pelas ruas. Tudo pelo que Ir. Dorothy lutou ainda não foi conquistado plenamente. Por isso essa herança não é só para ser relembrada, mas para ser defendida.
Tentaram calar Ir. Dorothy, mas hoje nós somos sua voz, quiseram pela força das balas acabar com um sonho, mas hoje nós somos os grandes responsáveis de fazer o sonho se tornar realidade. Ir. Dorothy, não foi enterrada, ela foi semeada! E nós somos os frutos dessa semeadura, nós temos a imensa responsabilidade de fazer com que a voz que vem da floresta ressoe cada vez mais alto, pelo mundo todo.
“A morte da Floresta é a nossa morte”, Temos que conscientizar o mundo do que acontece no nosso Pará, temos que mostrar ao mundo as atrocidades que ainda são cometidas. Ir. Dorothy foi assassinada, mas continuará viva enquanto houver um coração que ame a floresta e lute por ela.
Celebramos seis anos de sua morte, não com tristeza, nem ódio, mas com uma esperança renovada, porque a cada dia mais pessoas se unem ao nosso coro, a cada dia mais pessoas assumem para si essa luta que não era apenas a luta de Ir. Dorothy, nem mesmo a luta de um povo. Mas essa luta, que hoje assumimos também para nós, é a luta por uma Amazônia Livre!
A esperança não foi vencida, a luta não terminou, a morte não teve a ultima palavra. A dor deu lugar à garra, o medo deu lugar à coragem, a incerteza deu lugar à confiança. O sonho não acabou, a batalha ainda não chegou ao fim, mas cantamos com esperança renovada: “Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo. No olhar da gente a certeza de irmãos, reinado do povo!”
Dorothy vive!
Pe. Carlos Augusto Azevedo da Silva, 28 anos
Presbítero Católico, incardinado na Arquidiocese
de Belém, Pároco de Sta. Maria Goretti,
No bairro do Guamá, Belém-PA.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Semana Ir. Dorothy
Aproxima-se a data do 6º ano de martírio de Ir. Dorothy Stang. Na sua trajetória, ela deixou-nos uma sagrada herança que sofre constantes ameaças de dilapidação, depredação, destruição.
Cada pessoa de boa vontade é convidada ajudar a defender e multiplicar esta herança.
Participe! Divulgue!
Semana Ir. Dorothy – 6 a 12 de fevereiro de 2011
Dia 06 – 10h – Abertura da Semana - Praça da República – espaço MOVIDA
Dia 07 – 21h – Programa Janela Aberta - TV Nazaré
Dia 08 – 19h – Celebração Ecumênica – Paróquia São Domingos de Gusmão (Av. Celso Malcher – Terra Firme)
Após a Celebração, Roda de conversa sobre a herança sagrada.
Dia 10 – 15h - TV Nazaré – Programa Pensando Bem
Saída da Caravana para Anapu
Dia 11 – 09h – Coletiva de Imprensa – CNBB Regional
Dia 12 – 19h Celebração do 6º ano de Martírio
Em Belém - Celebração Eucarística na Paróquia Santa Maria Gorete – Guamá
Em Anapu - FESTA DE VIDA DO PDS E DE IR. DOROTHY: celebrações, debates, confraternização.